FALANDO MAIS UM POUCO DA MINHA
EXPERIÊNCIA EM UMA PREFEITURA...
* Por Helani Sá
Há tempos me pergunto
quais os critérios usados pelas gestões públicas, em especial a municipal, para
se escolher as pessoas que irão ocupar os cargos de coordenação (secretários
municipais, coordenadores de programas e projetos, diretorias de escolas,
etc.). Tenho visto coisas absurdas como,
por exemplo, professor de matemática, sem qualquer experiência ou formação na
área do serviço social ou gestão em programas sociais ou gestão em qualquer área, coordenando programas sociais, assumindo direções de escolas e até mesmo de secretarias municipais e que, no caso da Política de Assistência Social, chegando
ao local de trabalho pergunta aos seus coordenados: O que significa a sigla
PETI? O que é SUAS? Que diabos é esse troço de Tipificação Nacional dos
Serviços Sócio Assistenciais? O que é isso de Cards-Uni? ah não... é CAD-ÚNICO.
O que significa esse “negoço” de baixa complexidade e média complexidade? Como
é que funciona o Projovem... ah, tem o adolescente, o urbano e o que? Ou
pessoas, ainda que assistentes sociais ou psicólogos, recém-formadas sem
qualquer experiência de trabalho e principalmente de gestão fazendo as mesmas
perguntas e pedem aos seus coordenados: Ajudem-me por que eu nunca trabalhei
não tenho nem idéia do que vou fazer aqui! NUNCA havia escutado falar antes de
CRAS e CREAS... o que significam essas siglas! Ei fulana, chegou um cliente pra
ti... o que? Não é cliente... a sim... é usuário, é?! Pensei que usuário fosse só de drogas!!!
Enfim, escutei alguém da
gestão dizendo: Essa coordenadora é uma de nossas melhores, ela vestiu a camisa
do #%* (número do partido) e defende o #%* por onde ela vai!
Foi quando eu finalmente
entendi qual o currículo mínimo necessário para ser um coordenador temporário
em uma prefeitura municipal.
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